Vamos falar sobre a saciedade?

15 de fevereiro de 2020

Como adulto, você já teve dias com vontade de comer menos do que o habitual? E dias que sentiu mais fome? Sabia que as crianças também sentem isso?

Temos o hábito de impor a quantidade de comida que uma criança precisa colocar no prato e comer, mas será que isso, a longo prazo, tem tem consequências?

A conexão com a alimentação quando iniciada na infância, tem o poder de tornar os adultos mais conscientes sobre seu próprio corpo e sobre sua saciedade. Sabe aqueles dias de ansiedade que atacamos os doces? Ou aquela conversa no almoço de domingo que rende muito na mesa e quando percebemos, comemos muito mais do que percebemos? E aqueles momentos mais tristes, em que esquecemos de comer por horas?

Essas situações descritas acima são bem comuns e quase todos nós já passamos por elas, mas também não é incomum encontrarmos pessoas com transtornos alimentares graves como bulimia, anorexia ou compulsão alimentar. 

O que existe em comum em todos esses exemplos é a falta de conexão e respeito com o próprio corpo, provavelmente por nunca termos entendido as mensagens que ele nos passa sobre alimentação. Como identificar a fome se sempre comemos antes do corpo alertar? Como sentir a saciedade se comermos menos do que o nosso corpo está pedindo? 

O maior incentivo que podemos dar dentro de casa não é para a criança raspar o prato que foi feito por outra pessoa, mas para que ela experimente escolher o que e quanto colocar no seu prato, permitindo que ela pare quando se sentir satisfeita ou repita quando tiver vontade. Claro que para crianças que já estão passando por problemas com a alimentação, o ideal é buscar ajuda profissional o quanto antes, mas para crianças que estão aprendendo a se alimentar, o caminho do autoconhecimento é muito mais saudável. Imagine que um dia seu filho comerá na escola ou casa de outra pessoa. Se ele souber quanto e o que comer, você ficará muito mais tranquilo, não é? Tente permitir e confiar para que ele aprenda com mais consciência.