Com quem meu filho aprendeu a fazer bullying? | Viviane Marques

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Com quem meu filho aprendeu a fazer bullying?

Bullying nem sempre é sobre agressão física. Muitas vezes comentários maldosos excluem crianças e adolescentes de grupos e afeta todo o desenvolvimento emocional deles, trazendo consequências inclusive para a vida adulta. 

Muitas crianças que praticam bullying não são maldosas como os adultos insistem em dizer, às vezes eles só têm familiaridade com exposições e deboches por viverem essa realidade de forma até mesmo descontraída dentro da família.

Usar tons pejorativos e apelidos para se referir a características físicas, orientação sexual, idade, raça, gênero ou qualquer outro aspecto, podem gerar traumas imensuráveis dependendo do momento que a pessoa, alvo das “brincadeiras”, está. 

Acha que é exagero? Você já tomou uma fechada no trânsito em um dia que esteva em paz e só deixou passar? E já tomou uma fechada em um dia estressado, atrasado e nervoso? Com certeza a sua reação foi diferente na mesma situação, mas com a emoção diferente por motivos externos.

Com as crianças e adolescentes é a mesma coisa. Problemas em casa, problemas de autoestima ou qualquer outra questão podem intensificar o sentimento ao ser vítima de bullying, independente de qual for, pois o que define a intensidade dele, também é o nosso estado emocional naquele momento. Isso pode gerar traumas inconscientes que se manifestarão pelo resto da vida daquela pessoa. 

Evite reproduzir esses comportamentos em casa e tente diminuí-los quando estiver entre amigos ou familiares. Termos como “gordinho”, “viadinho”, “neguinho”, “baiano”, “mulherzinha” e outros não são nada inofensivos. São desrespeitosos e ensinam que isso é normal e engraçado às crianças, que muitas vezes só por achar engraçado, reproduzem à outras crianças e podem mexer muito com elas, gerando impactos muito negativos. Ensinar o respeito começa dentro de casa!