Como entender o bom e o mau comportamento? | Viviane Marques

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Como entender o bom e o mau comportamento?

Quando falamos em bom ou mau comportamento, estamos nos referindo aos nossos próprios parâmetros e expectativas. Focar no comportamento significa direcionar os olhos à consequência e não à causa, que muitas vezes é inconsciente ou até mesmo incompreendida por quem as sente.

Crianças muito “boazinhas” e “quietinhas’ nem sempre devem representar estabilidade e equilíbrio emocional, afinal crianças precisam experimentar e extravasar. Muitas vezes o que é considerado bom comportamento reforça que a criança sinta medo, vergonha, insegurança e outros sentimentos que precisam ser trabalhados.

Já as crianças que chamam atenção pelo “mau comportamento” podem ter como causa alguns sentimentos negativos ou podem estar apenas vivendo novas experiências com mais liberdade e segurança.

Para observarmos se a criança está emocionalmente saudável, precisamos nos desapegar do julgamento social e observar a causa do comportamento. Muitas vezes ela não saberá explicar, mas podemos acolher e ajudá-la a identificar.

Antes de punir, é importante que sejamos amigos delas, ajudando-as a entender o que sentem e a descobrir qual a melhor forma de lidar com isso. Quando cortamos uma maneira de expressar um sentimento sem que ele seja respeitosamente trabalhado, abrimos espaço para que ele saia de outra forma. E quando esta forma é socialmente mais aceita, acaba passando de forma despercebida e faz com que deixemos de percebe-la, ficando cada vez mais enraizada na personalidade da criança.

Cuidado com as podas sociais. Para criar filhos emocionalmente saudáveis, muitas vezes precisamos de força para seguir com o que acreditamos mesmo que existam comentários que tentam nos desviar. Confie no que você acredita e saiba esperar, pois muitas vezes o resultado aparece depois de algum tempo.

Se você estiver em dúvida de como conduzir um processo respeitoso com seu filho ou do que é considerado saudável ou não para o desenvolvimento de uma criança, buscar ajuda profissional pode ajudar muito.